Nessa nova edição do Intervenções trouxemos as fotos do estúdio Black House para dentro de um apartamento em obras, transformando-o em uma galeria de arte.
As fotos apresentam o FREE sob uma nova perspectiva. De maneira artística, Rodrigo e Danilo nos apresentam um novo olhar sobre a evolução de um empreendimento e o seu cotidiano - uma nova percepção sobre o que geralmente passa despercebido diante dos nossos olhos - o dia a dia de uma obra e seus trabalhadores.
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1) Pra começar, que tal uma pequena apresentação? Quem são vocês e o que fazem?
RM: Me chamo Rodrigo Madoenho, natural e residente da cidade de Jaraguá do Sul - SC, e entusiasta fotográfico desde sempre. Em 2012 junto com dois grandes amigos, Danilo Xavier e Diego Nunes transformamos entusiasmo em profissão, fundando a Black House onde atuo como diretor e colorista.
DX: Sou o Danilo Xavier, natural de Jaraguá do Sul - SC, cidade que me acolhe desde que nasci. Sou formado em marketing e trabalho com fotografia desde 2005. Atualmente meu foco está como diretor de fotografia e roteirista na Black House.
2) Agora, contem-nos um pouco sobre a exposição. Qual o conceito? Por que vocês resolveram fotografar a obra ao invés do edifício finalizado?
As silhuetas, grãos e linhas junto ao preto e branco foram nossos pilares para criação do conceito. E o desafio era extrair arte de um ambiente totalmente espontâneo, onde durante a evolução do empreendimento fomos retratando o processo e o cotidiano de uma obra, um lugar muitas vezes esquecido e escondido através de tapumes. E o que mais nos agradou foi ver a ligação forte com o que procuramos retratar através de nossos filmes de processo criativo, buscar a essência por trás de um produto final e criar uma mensagem duradoura.
3) O que inspirou vocês na hora de produzir as fotos?
Nesse projeto específico a inspiração veio de forma espontânea, tínhamos um ambiente bruto, procuramos entender aquela atmosfera, criamos empatia com o lugar e nos distanciamos das referências. Foi a nossa forma de expressão para criar algo simples e puro.
4) Para vocês, qual é a importância da arte e da fotografia no cotidiano das pessoas?
A arte está presente em praticamente tudo, seja em uma pintura, um livro, uma escultura ou nos olhos de quem consegue notá-la. Não é possível designar forma física ou imaterial para ela. Fazer arte, perceber arte é um momento de reflexão, é estar presente de corpo e alma.
A fotografia é a arte que tem o poder de eternizar, fazendo com que as pessoas consigam viajar no tempo, para que se dêem uma nova chance para ver as coisas com outros olhos, conhecer o desconhecido e viver o que nunca viveram, tudo através de uma foto.
5) Qual era a expectativa de vocês quando receberam o nosso convite? O que vocês pensam a respeito da proposta de se levar arte para o canteiro de obras?
Para nós fazer parte do Intervenções ao lado de tantos artistas bons é realmente incrível, o convite foi encarado com o coração e a relação com o projeto se tornou profunda, desde as percepções, fotografia, o cuidado com a impressão, moldura e detalhes, foi uma experiência muito bacana.
A proposta de transformar estes locais, o incentivo a artistas da região e a experiência que proporciona as pessoas que utilizarão desse espaço é algo puramente cultural e não poderíamos terminar sem deixar nossos sinceros agradecimentos a Vasselai.
Cartazes no Cubo de Vidro
Stencil na obra do Jazz
Stencil do Arq. Colab.